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Foto: José Patrício/Estadão Conteúdo/Arquivo |
Três pessoas foram ouvidas na delegacia: o motorista do caminhão, de 52 anos, que iniciou o depoimento no 46º DP (Perus), mas logo em seguida passou mal, alegando tontura e muito calor, e um casal que passava de moto no momento do acidente. Os dois socorreram o motorista do caminhão, ajudando a retirá-lo do veículo.
A mulher, Leiliane Rafael da Silva, 29 anos, disse ao delegado por três vezes, que viu a aeronave vindo muito lentamente de bico quando se chocou no caminhão. Antes disso, ela relatou que viu uma pessoa pular e uma peça do helicóptero bater nessa mesma pessoa.
Ela disse que viu Boechat acenando com uma das mãos com destroços da aeronave sobre ele, poucos instantes antes do helicóptero explodir. Leiliane contou que ainda tentou salvá-lo, mas foi orientada não fazê-lo sob o risco de ser arrastada para dentro das chamas que já consumiam o corpo do jornalista. “Eu queria salvar ele”.
A Força Aérea Brasileira informou que abriu uma investigação para apurar as causas da queda do helicóptero.
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O helicóptero estava regular e era de propriedade da RQ Servicos Aéreos Especializados Ltda. |
O helicóptero acidentado é um modelo monomotor com capacidade máxima de quatro passageiros mais a tripulação, da fabricante Bell Helicopter. A aeronave, de matrícula PT-HPG, era de propriedade da RQ Servicos Aéreos Especializados Ltda.
O acidente – O acidente ocorreu por volta de 12h, quando o helicóptero se chocou contra um caminhão na Rodoanel, próximo ao acesso à rodovia Anhanguera, em São Paulo. O piloto da aeronave, Ronaldo Quattrucci, e o jornalista Ricardo Boechat, que estava a bordo da aeronave, morreram.
Boechat estava dando uma palestra em Campinas, no interior do estado, e estava retornando a São Paulo nesta segunda, de acordo com jornalistas da TV Band.
O jornalista, apresentador e radialista Ricardo Eugênio Boechat morreu no início da tarde desta segunda-feira (11), aos 66 anos, em São Paulo.
O jornalista estava em um helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera, em São Paulo, e bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via. O piloto Ronaldo Quattrucci também morreu no acidente.
Boechat era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM e colunista da revista “IstoÉ”. Ele trabalhou nos jornais “O Globo”, “O Dia”, “O Estado de S. Paulo” e “Jornal do Brasil”.
Na década de 1990, teve uma coluna diária no “Bom Dia Brasil”, na TV Globo, e trabalhou no “Jornal da Globo”. Foi ainda diretor de jornalismo da Band e teve passagem pelo SBT.
Ele ganhou três vezes o Prêmio Esso, um dos principais do jornalismo brasileiro.
A morte do jornalista causou comoção entre políticos, personalidades e jornalistas.
Perfil
Filho de diplomata, Ricardo Eugênio Boechat nasceu em 13 de julho de 1952, em Buenos Aires. O pai estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores na Argentina.
Boechat era recordista de vitórias no Prêmio Comunique-se – e o único a ganhar em três categorias diferentes (Âncora de Rádio, Colunista de Notícia e Âncora de TV).
Em pesquisa do site Jornalistas & Cia em 2014, que listou cem profissionais do setor, Boechat foi eleito o jornalista mais admirado. Ele lançou em 1998 o livro “Copacabana Palace – Um hotel e sua história” (DBA).
O jornalista deixa a mulher, Veruska, e seis filhos.
Por G1 SP
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